PRECISAMOS FALAR SOBRE 13 REASONS WHY.





Hoje em dia infelizmente é normal vermos certas "brincadeiras" e não fazer nada por que? Talvez para não parecermos caretas, certinhos, e sermos vistos como populares. Mais e a vítima daquela sua piada? Você já parou para pensar o que ela esta passando naquele momento? Por algum motivo você na sua infinita arrogância parou para pensar ou se colocar no lugar daquela pessoa? Se sim, meus parabéns talvez ainda exista um pouco de humanidade em você, agora você que não se importa em humilhar, zombar e escarnecer de alguém por causa da sua aparência, religião, orientação sexual, raça, gênero, enfim vários motivos que não da nem pra listar direito, só te digo uma coisa: sabe aquela famosa lei do retorno? Então Ela existe e faz jus ao nome. Segundo as estatísticas quando alguém se suicida 5 a 10 pessoas são afetadas, pessoas tiram a própria vida a cada 40 segundos, ou seja, provavelmente milhares de pessoas acabaram de atentar contra a própria vida enquanto você lia essa matéria e outras milhares conseguiram o objetivo.

Antes de começarmos precisamos entender melhor a história que começou toda essa matéria.

13 Reasons Why, ou, Os 13 Porquês. É uma série drama adolescente tendo em sua produção executiva a cantora e atriz Selena Gomez, e baseada no livro do autor Jay Asher. A série/ livro gira em torno de Clay Jensen, um estudante tímido do ensino médio que encontra uma caixa na porta de sua casa com sete fitas cassete de dois lados gravadas por Hannah Baker, uma colega que cometeu suicídio recentemente. Cada um dos lados das fitas relata um motivo, e uma pessoa, que levou Hannah ao suicídio.

Você já parou para pensar, que talvez a pessoa ao seu lado precise de você e simplesmente, você não percebe por que talvez sim, você esteja passando por dificuldades que talvez naquele momento você não conseguiria ajudar aquela pessoa. Mais parando para pensar o que realmente seria ajudar alguém?
Talvez você pense que ajudar alguém é somente com esforço físico, sim, também é valido, mas ajudar alguém também é apenas ouvi-la, talvez não precise dizer nada, talvez a pessoa precise apenas desabafar, tirar o peso das costas, talvez ajudar seja você dizer uma palavra de carinho, de afeto sabe?! Tente ser gentil e afetuoso com aquelas pessoas que você veja que realmente precisa de um incentivo, positivo claro. Comece elogiando aquelas pessoas que não tem comentários nas fotos, pode parecer estupidez isso, mas talvez aquela pessoa realmente esteja precisando ler ou ouvir algo positivo. E poxa vida demonstração publica de afeto não mata ninguém, pelo contrario torna as dificuldades da vida mais suportáveis. Se você acha que estou inventado tudo isso então presta bem atenção nesses desabafos que eu mesmo li e que muitas vezes presenciei.

"Eu sempre morei com meu pai, sabe mas, tentei morar com minha mãe várias vezes, fui morar com ele (pai), com 3 anos de idade quando ele ganhou a minha guarda na justiça por que minha mãe não tinha condições mentais e financeiras para me criar. Quando tinha 6 anos pedi para ele me deixar morar com ela e ele deixou. Ela morava com um cara e ele começou a me bater me obrigar a fazer as coisas de casa enquanto ela saia para trabalhar sempre me disse que se eu falasse algo iria fazer algo com minha irmã que só tinha 3 anos. Ele sempre andava nu pela casa, mas nunca havia tentado nada contra mim e eu como pequena não tinha noção. Uma vez minha prima foi dormir na minha casa e quando minha mãe saiu ele foi para o meu quarto e começou a passar a mão nela, porém nós saímos correndo, ai meu pai começou a notar meu comportamento estranho. Minha prima contou para seu pai e ai não tive saída contei tudo. Ele me desmentiu, é claro, e mandou minha mãe escolher entre ele e eu, e ela escolheu ele.
Depois disso quando tinha 12 anos tentei morar com ela novamente, ela já estava com outro, pai da minha irmã mais nova só que ele bebia muito, e eu não o suportava e então ele falava que eu era muito chata que se eu não fosse embora ele iria, então tive que ir para a casa do meu pai.
E quando completei 16 anos, vim pra morar com ela mais uma vez achando que tinha mudado e ela estava sozinha né. Só que ela arrumou um namorado e foi a mesma coisa nós brigamos e na primeira oportunidade ela mandou eu ir embora só que desta vez não fui para a casa do meu pai, fui morar com uma amiga. Que inclusive moro até hoje." - Anônimo.


"Eu era gordinha(o) do cabelo ruim, que não tinha nada de bom para falar, e ninguém queria perto... ouvia sempre um "Arruma Esse Cabelo.", "Da um Sorriso.”, "Se Vista Melhor.", ou até mesmo um "Não Anda com Aquela Pessoa ela é Meio Esquisita." Com 12 anos tive que pedir para os meus pais me tirarem da escola, eu não aguentava mais ser sempre a última opção para tudo, ouvir sempre cochichos... sabe quando você cansa de ser "café-com-leite?" Na real, eu já estava com tanta paranoia que as vezes nem falavam de mim e eu acreditava que falavam sim. Mudar de escola foi a coisa menos importante com meus 12 anos... logo depois veio a separação dos meus pais. Imagina comigo você está no início da adolescência, você tem seus pais sempre presentes, amigos, estava tudo tão perfeito... pois é, estava. Na véspera do meu aniversário de 13 anos... o dia mais triste da minha vida... me pego em uma sala de pessoas desconhecidas dormindo atrás do sofá, com minhas roupas dentro de uma caixa... meus pais se separaram, minha mãe não ligava mais pra mim, e tudo o que eu conseguia ouvir era alguém apanhando dentro de um quarto, eu via aquilo todos os dias, a pessoa apanhava do marido, mas o que eu podia fazer? Se era na casa deles que eu estava, apenas chorar. 5,4,3,2,1... não me lembro de ter ouvido nenhum "Feliz Aniversário" ou um "Eii Filha, Parabéns!" Eu lembro até hoje como é ser invisível nenhuma ligação dos meus pais... eles estavam muito distantes de mim mudaram completamente, agora eram só eu, meu colchão e aquela caixa de papelão onde guardava minhas roupas, eu vivia numa depressão imensa, chorava por tudo, todos os dias, e eu juro que não me lembro de ninguém da minha família perguntar como eu estava. Vivi isso por anos, muitas coisas iam acontecendo cada vez mais de pressa. Morei na casa de tios, de parentes, de desconhecidos. Já fui maltratada(o), tinha dias que não conseguia comer um pão por que não me sentia em casa. Até os meus 15 anos eu vivi assim de um lado para o outro, com medo de ser agredido(a) também, indo dormir com o número da polícia discado no celular, sofrendo muito por aceitar que eu era uma pessoa feia, sem graça, estranha e sem ninguém. Então eu por conta própria resolvi mudar, cheguei até o fim do poço e voltei, comecei a me dedicar aos estudos, me valorizar e acima de tudo a me amar não só por fora mais por dentro, comecei a florescer. Ainda as vezes me pego pensando em tudo que passei, porém de uma forma diferente, agora eu tenho o controle da situação, não me abalo por isso. Hoje conquistei muitas coisas, bolsa integral na faculdade, faço Arquitetura e Urbanismo, hoje me reaproximei dos meus pais. Mais a única certeza que posso deixar para vocês que iram ler é que a única força que você tem, é como a ponta de uma flecha que sempre aponta para o centro, e hoje vejo que o centro é Deus, busque forças nele, acredite em mim ele te renovará." - Anônimo.

Então pessoal, as vezes o que pode parecer brincadeira para uns, para outros não são, talvez seja a hora de sairmos um pouco do nosso "mundinho" e começarmos a prestar atenção nas pessoas que nos cercam, pois é muito fácil dizer que quer fazer a diferença no mundo, difícil mesmo e fazer, na frente de um computador, celular, tablet, podemos ser o que quisermos, podemos falar ou se expressar como quisermos, agora por que muitas das pessoas não fazem isso pessoalmente? Por que pelas redes sociais temos sempre que colocar uma mascara? Qual a necessidade de sermos vistos? Por que devemos fazer ou falar algo só para agradar alguém? E cuidado as vezes achamos que as pessoas depressivas são as que tem um rosto pálido, triste, ombros caídos, estão sempre olhando para o chão, sim esses são alguns indícios, claro que muitas das vezes pode ser apenas um breve tristeza, mas talvez aquele seu(a) colega que vive dando risada, talvez aquela pessoa esteja depressiva, apenas optou por ninguém saber ou talvez por que acredita que não vai fazer diferença para ninguém ela estando triste ou não. Ela se sentindo um lixo ou não.

"Um sorriso no rosto nem sempre quer dizer que a pessoa esteja feliz. Se você já ouviu isso, está frase está totalmente certa, pois as pessoas usam máscaras a todo momento. E a máscara de um sorriso FELIZ é a mais comum. Sabe por que? As pessoas não se importam se você estar realmente feliz. Claro que tem pessoas que se importam. Mas nem todas infelizmente. E o fato dessas pessoas não se importarem verdadeiramente faz com que as vezes ou muitas vezes façam ou falem coisas que machucam. Muitas vezes acham mera brincadeira. Mas não é, por esse motivo, por palavras e atos ofensivos, sorrisos lindos, mas infelizmente não verdadeiros são dados a todo momento. E por trás do dono desses sorrisos, estão pessoas maravilhosas que não enxergam o quão brilhante é, por causa de você. Esse sorriso um dia some. E dá lugar a tristeza, a solidão, a vontade de se isolar e passa a acreditar que ninguém se importa. E isso faz com que esses sorrisos lindos se cortem, se auto agridam, até não aguentarem mais. E desistem, desistem de tudo, desistem das suas vidas. E a culpa é sua, minha, de todos nós, por não enxergarmos que uma simples palavra pode ser escada para a forca, o último passo para o precipício. Na série 13 Reasons Why, podemos ver vários lados de tudo isso, pode parecer um caso isolado, mas é algo tão comum e que acontece a todo momento. Talvez o que eu disse aqui não faça sentido, não seja o que eu realmente queira dizer, mas é exatamente o que precisa ser dito. Abram seus olhos, se coloquem no lugar dos outros e digam não ao bullying, pois ele mata e não é pouco." - Sabrina Fernandes, escritora e dona do blog SONHOS. Quem quiser visita-lo está aqui o link http://dreams236.blogspot.com.br         

Esses são depoimentos de dois professores totalmente diferentes, que fiz questão de ir atrás para mostrar que esse problema não afeta somente jovens, familiares ou amigos, mas sim a todos e quando digo TODOS são realmente TODOS. Para podermos olhar melhor o outro que está ao nosso lado.

"Bom eu assisti a série. Tenho algumas observações. Penso que o mundo é muito diferente do tempo da nossa adolescência nem pior e nem melhor...APENAS DIFERENTE. Penso que as angústias dos seres humanos não são previsíveis mas são rastreáveis é possível perceber o movimento das pessoas com um olhar disposto a identificar missões pessoais. Penso que os valores ainda são as raízes e o que de melhor podemos dar aos filhos ou aos outro... valores ajudam a discernir caminhos e escolhas a serem feitas. Penso que a depressão é o mal psicológico do século assim como o câncer é para o físico e a falta de fé e a falta de reconhecimento da transcendência como parte do ser humano é o mal espiritual. O AMOR é a solução e ele exige mudança de postura. Nossas ações raramente demonstram amor, embora amemos, temos medo de nos expressar por receio da avaliação do julgamento e por isso somos maus exemplos para os próximos, com medo de errar e sermos julgados pelos erros nos tornamos passivos, permissivos, indiferentes. É isso que mata, a passividade, a falta de valores, convicções, sonhos, esforço, luta, oferta de vida. Pra mim depressão leva ao suicídio facilmente porque para toda e qualquer solução de problemas simples e complexos a busca pela resposta é solitária no lugar de solidária, não fomos criados para viver em bolhas isoladas, é a sociedade que nos educa... EM TUDO!" - Aline Rosa, professora de Ensino Fundamental, membro da Comunidade Católica Shalom.         

"Para falar sobre bullying reportamos a um pensador contemporâneo Prof. Clóvis de Barros Filho que nos dá uma singela contribuição sobre a Ética: “a inteligência compartilhar a serviço do aperfeiçoamento da convivência”. Sendo assim, resta-nos olhar para o outro e chamá-lo daquilo que Ele realmente deseja ser chamado. Quando nos dirigimos ao outro sem que Ele aprecie, conota uma agressão que prejudica em demasia a convivência. É notório que ninguém sai ganhando do ponto vista existencial, já que nos foi revelado que ninguém é possível ser feliz sozinho. Vida é isso “o encontro” e jamais podemos permitir que nos apequenemos. Sobre a Depressão, há um livro que de Andrew Solomon “O demônio do meio-dia”' onde o autor relata sobre sua relação com a depressão, inspirado pelo que sentiu na própria pele fazendo uma investigação e um estudo dessa síndrome que aflige o homem moderno. A partir da patologia, o estudo conclui que é uma doença grave e que precisa de muito cuidado. E quando entramos na ideia do suicídio a memória revela a Émile Durkheim (XIX), francês e sociólogo, que escreveu a literatura “o suicídio”, e nos remete que é um problema social e tampouco individual.  Reflitamos: aparentemente é algo da pessoa, do íntimo, do eu consigo mesmo, do privado e aí chegamos a pensar o que tem de social nesta reflexão? Durkheim afirma que todo indivíduo suicida é triste, cogita abreviação da própria existência concreta. Porém nem todos apertam os gatilhos. As variáveis agora são sociais quando reportamos a dois países Japão e Suécia que possuem um alto nível de suicídio. Vejamos um exemplo: Quando uma pessoa faz a opção de cursar na faculdade “Direito”, ao concluir após cinco anos, abre-se uma nova etapa que é OAB. Se o indivíduo passa na primeira, afirmamos que é um “advogado”, caso contrário, Ele passa a ser um estranho, isto é, não é nem estudante e tampouco advogado. Adentrando nesta fase, podemos afirmar que esta pessoa está no limbo da sociedade. Abre um novo olhar segundo de Durkheim: “Ele está fora do jogo, isto é, não tem a dizer absolutamente nada dele mesmo para a sociedade”, usando esta metáfora para exemplificar. Para melhor entendermos, Durkheim concluiu que: Taxas de suicídio são maiores entre os solteiros, viúvos e divorciados do que entre os casados; na maioria das vezes, o indivíduo portador da "ideia do suicídio" quase sempre não sobrevive. São maiores entre pessoas que não tem filhos; Sobre religiosos por compreender que o ato suicida é um pecado mortal, há consideravelmente menor o risco." - Prof. Djalma Donizetti Clariano da Silva, Mestrando em Administração, Pós Graduação em MBA Gestão de Pessoas, Graduado em Marketing, Pesquisador, Professor Universitário no Centro Universitário Anhanguera, 7mo Congreso Mundial de Terapias Cognitivas y Comportamentales, Emotion Regulation Strategies in Cognitive-Behavioral Therapy, A Cognitive Behavioral Program for Weight Loss and Maintenance, Lima – Peru – Julho de 2013.

Esse foi um pequeno texto que por coincidência do destino ou seja lá o que for encontrei no facebook, questionei a pessoa se poderia usar para minha matéria e ela me concedeu.

"Em tempos de jogos como “Baleia Azul” e séries como “13 Reasons Why” que abordam suicídio e depressão, e que vem se tornando um assunto mais falado e popular, vejo que pessoas que chegam a esse ponto, não se sentem mais amadas. E todos nós precisamos de amor para viver! Se todos nós víssemos o quanto somos amados pelas pessoas e por Deus, pensaríamos um pouco mais antes de tomar algumas atitudes. E hoje posso ver o quanto sou amado e querido por muitos. Agradeço a cada um que dedicou esse gesto de carinho por mim. Se pudesse abraçaria cada um de vocês! TODOS NÓS PRECISAMOS DE AMOR!" - Leonardo Diegues.

Observação: Baleia Azul é um jogo que explodiu nas redes sociais, onde pessoas se submetem a alguns testes, e por fim ela tem que tirar a própria vida, para assim não contarem para ninguém sobre isso. Prestem a atenção no que seus filhos, amigos, parentes, ou seja lá o que for, estejam fazendo, por que, o “CRIADOR” que está por trás disso não brinca quando se trata de atrair chantagear, ameaçar. Pois é isso que ele faz caso a vítima esteja em posse dele. 

Lembre-se Depressão, é algo sério, pode matar mas também pode ser tratada. Se mais pessoas soubessem disso quantas vidas mais não seriam poupadas até mesmo de uma morte prematura?!

Se por acaso você esteja precisando de ajuda, queira desabafar e infelizmente não consegue encontrar ninguém que possa te dar um ombro amigo e segurar na tua mão para te ajudar.
Ligue para o 141 - Numero do Centro de Valorização da Vida, ONG que está preparada para atender pessoas que estejam passando por esse tipo de problema.

Se quiserem entender melhores esses dois temas aqui estão dois vídeos sobre Depressão e Suicídio.



SE VOCÊ NÃO CONHECE A SÉRIE 
FICA AQUI EM BAIXO O TRAILER

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