MIDSOMMAR O MAL NÃO ESPERA A NOITE - CRITICA DO FILME.




Titulo Original: Midsommar.
Filme de: Ari Aster.
Gênero: Terror Psicológico.
Distribuída Pela: A24.
Lançado em: 03 de Julho de 2019.
Duração: 02h27 Min.
Estrelado por: Florence Pugh ; Jack Reynor ; William Jackson Harper e Will Poulter.


"Após perder os pais e a irmã, uma jovem, seu namorado e alguns amigos viajam para a Suécia para conhecer a família de um dos amigos e lá conhecem um pouco sobre sua cultura, religião e conforme vão conhecendo mais esse povo aparentemente inofensivo descobrem segredos macabros por trás das suas seitas." 


O diretor e criador do filme, Ari Aster aqui nesse filme trabalha uma questão bem parecida com seu outro filme Hereditário, o terror psicológico e seitas ocultas, camufladas sobre o luto, o filme você conhece e entende os medos, angustias e o desequilíbrio mental da protagonista, uma vez que ela precisava lidar com a bipolaridade da irmã a vida toda a tornou vulnerável em todos os aspectos da sua vida. O filme é uma alegoria sobre a perda e o se reencontrar, sobre o fim ser o começo para algo maior, mas também é uma critica a falta de empatia que muitas vezes nós temos com os outros, o que o diretor aqui nesse filme quer nos mostrar é que por mais raiva que temos do par romântico da protagonista, não podemos negar que já fizemos tal situação igual ou parecida, da mesma forma que já estivemos dependentes também de amor.


O filme é rico em detalhes que ajudam a compor a obra por si só, desde o misticismo da crença do pequeno vilarejo, as suas roupas, comidas, gravuras, formas de se expressar. É inegável que houve um trabalho corporal dos atores minuciosamente detalhado, para que não deixe passar nada, a expressão fácil calma e serena mesmo diante a situações absurdas como suicídio. Uma marca registrada no filme é o sol radiante, o diretor escolheu um caminho diferente dos demais filmes do gênero, enquanto a maioria optam pela noite, cores escuras e frias, Aster optou pelo não convencional se utilizando do sol, da claridade, das cores quentes para contar sua história é como se estivesse dizendo: "Não é porque estamos sobre o sol, que estaremos protegidos." 


Apesar de toda essas qualidades que o filme tem, não pode deixar de notar que o filme tem um inicio arrastado, na tentativa de tentar te convencer sobre os dramas da protagonista, não havia necessidade de mostrar exatamente o que aconteceu com sua família, algo seria bem mais rápido e ágil se iniciasse com ela já no luto e tivessem recorrido aos flashes do passado, pois a atuação de Florence Pugh como uma garota dependente de afeto está incrivelmente brilhante. O filme também não se preocupa com jump scare, e não vejo motivos para ter uma vez que a linha narrativa do filme é te jogar para a situação de desespero e angustia total, do que você apenas tomar sustos a cada cena.


Midssomar, é um filme passivo agressivo, com um inicio que poderia muito bem ser descartado, metáforas e simbologias muito bem criadas e que te conduz a uma seita oculta camuflada sobre o drama da perda,  mas que também quer mostrar que o fim é o inicio para algo maior, seja bom ou não.


Nota 7/10. 






Weslley Berry / @weslleyberry

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PANTERA NEGRA - CRITICA DO FILME

HIGH SCHOOL MUSICAL: O MUSICAL: A SERIE - CRITICA DA PRIMEIRA TEMPORADA.

HOMEM-ARANHA DE VOLTA AO LAR É REALMENTE BOM?